quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Fumo passivo

O Fumo passivo


A nova lei que cria ambientes livres de tabaco em São Paulo visa defender a saúde, principalmente, das pessoas que não fumam, mas acabam obrigadas a inalar a fumaça do cigarro daquelas que fumam. O tabagismo passivo, fumo de segunda mão, tabagismo involuntário ou exposição à fumaça do tabaco ambiental são diferentes conceituações do mesmo fenômeno.



O fumo passivo é um grave problema de saúde pública. Já está comprovado que não existem níveis seguros de inalação da fumaça de cigarros. Já no início dos anos 60, importantes instituições de saúde, como o Royal College of Physicians de Londres e o Surgeon General dos Estados Unidos, divulgaram dados apontando a relação entre fumo passivo e câncer do pulmão. Com o avanço das comprovações científicas sobre os males para a saúde pública, em 1971, os Estados Unidos já aprovavam leis protetoras aos fumantes passivos.



No começo da década de 80 foi divulgado o célebre estudo de Hirayama, no Japão, que avaliava a incidência de câncer de pulmão em pessoas que nunca haviam fumado. Esse estudo pioneiro, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Câncer, avaliando mais de 100 mil mulheres, demonstrou que esposas de fumantes apresentavam incidência dobrada de câncer pulmonar, quando comparadas às mulheres casadas com não fumantes.



Fonte: Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo

Que droga!

Que droga!

Você sabia que a bebida e outras drogas podem machucar muito os seus neurônios?



Por: Roberto Lent e Flávio Dealmeida

 
 

Como funcionam o submarino e os balões?

Como funcionam o submarino e os balões?


Saiba que esses objetos se baseiam em um princípio descoberto há mais de dois mil anos
Por: Felipe Damasio

Publicado em 03/07/2008
Atualizado em 04/05/2010



Em seu funcionamento, os submarinos e os balões usam o Princípio de Arquimedes. Esse princípio diz o seguinte: quando mergulhamos algo em um líquido ou o colocamos em um gás, uma força vertical e para cima atua sobre ele – o empuxo (veja o desenho). Essa força pode ser mais intensa ou menos intensa: tudo depende da quantidade de líquido ou de gás que for deslocada pelo objeto que tiver sido posto ali. Quanto mais líquido ou gás deslocado, maior o empuxo – a força.



O fato de um objeto flutuar ou afundar está diretamente relacionado ao empuxo. Se uma pedra afunda em um lago, por exemplo, é porque o seu peso – a força vertical e para baixo, causada pela gravidade – é maior do que o empuxo que ela sofreu. Se, por outro lado, você solta uma bola no fundo de uma piscina, ela sobe à superfície porque o empuxo é maior do que o seu peso.



Em seu funcionamento, o submarino lida o tempo todo com esses fatos. Como o seu tamanho não muda, ele ocupa sempre o mesmo volume debaixo d'água. Em outras palavras, a água deslocada por ele é sempre a mesma e, portanto, o empuxo sobre ele é também o mesmo. O segredo para o submarino afundar ou subir à superfície é, então, mudar o seu peso.



Talvez você não saiba, mas esse veículo possui tanques que podem ser preenchidos com água ou ar. Assim, quando ele precisa descer, seus tanques se enchem de água, fazendo com que o peso do submarino fique maior do que o empuxo. Quando, porém, é necessário subir, os tanques enchem-se de ar, expulsando a água, fazendo com que o peso do submarino fique menor do que o empuxo.



Com os balões, a situação é parecida. O que muda é que estamos falando do empuxo que ocorre em um gás – o ar – e não em um líquido. Da mesma forma que ocorre com um submarino, um balão apenas sobe quando o empuxo que existe sobre ele é maior do que o seu peso. Da mesma maneira, ele somente desce quando o seu peso é maior do que o empuxo. Mas como isso acontece?



Para o peso do balão ficar menor do que o empuxo, é preciso enchê-lo com algo mais leve – ou melhor, menos denso – do que o ar à temperatura ambiente. Por isso, enche-se o balão com ar quente, que é menos denso. Os balões de aniversário – também conhecidos como bexigas –, por sua vez, podem ser preenchidos com gás hélio, que também é menos denso do que o ar, e, por isso, também os faz subir.





Felipe Damasio

Professor do Colégio São Bento e da Escola de Educação Básica João Dagostim, Santa Catarina


http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2008/191/como-funcionam-o-submarino-e-os-baloes



terça-feira, 29 de junho de 2010

Cariocas e gaúchas usam anticoncepcional por mais tempo, diz Ibope

Cariocas e gaúchas usam anticoncepcional por mais tempo, diz Ibope

MARY PERSIA

da Reportagem Local



As mulheres de Porto Alegre e do Rio de Janeiro utilizam a pílula anticoncepcional por períodos maiores do que as brasileiras de outras capitais. A informação é da pesquisa Ibope encomendada pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) para o projeto R.O.S.A. (Resultados e Opiniões sobre Saúde e Anticoncepcionais).



Foram ouvidas 500 mulheres das classes A/B de cinco capitais (São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre) com idades entre 15 e 45 anos, usuárias de pílula (81%) ou que utilizaram o método nos 12 meses anteriores às entrevistas (19%), realizadas em maio do ano passado.






Os dados indicam que a maioria das gaúchas (56%) adeptas do anticoncepcional toma pílula há mais de dez anos. Entre as cariocas, o percentual é de 47%.



Para Nílson Roberto de Melo, presidente da Febrasgo, os números apontam a tendência de se usar a pílula por um tempo cada vez maior. "Hoje, a mulher está postergando a gravidez devido à vida profissional e está mais informada. Ela sabe dos benefícios extra-contraceptivos do método, como a redução do risco de câncer de ovário e de endométrio, a diminuição dos cistos e a melhora da pele e do ciclo menstrual", afirma o médico.



A evolução da pílula também a tornou mais aceitável. Cinquenta anos atrás, as primeiras gerações tinham até dez vezes mais estrogênio e cerca de 150 vezes mais derivado da progesterona do que os contraceptivos atuais. "Atualmente temos uma série de produtos com as mais variadas doses e componentes", diz Melo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u719615.shtml

Nas outras capitais pesquisadas o quadro se inverte: as "usuárias recentes" detêm os maiores percentuais. Em Belo Horizonte, 49% declararam fazer uso do método há menos de cinco anos. Em São Paulo, esse índice ficou em 45% e, em Recife, 39%.



A pesquisa mostrou ainda que 85% estão satisfeitas com o medicamento que usam, 86% pretendem continuar usando-o e 70% não têm intenção de mudar de método contraceptivo.



Vida sexual



O desejo sexual permanece inalterado para 72% das usuárias da pílula. Na opinião de 16%, o desejo diminui e, para 11%, aumenta. A vida sexual de um modo geral não sofre mudanças com a utilização do contraceptivo para a maioria (53%) das mulheres --38% disseram haver impacto positivo.



O projeto R.O.S.A. deve usar os dados para compor as ações de sua primeira fase, que foca na sexualidade e já promoveu encontros para ginecologistas. "É preciso educar os médicos em sexualidade, pois há essa lacuna na graduação e na pós-graduação tradicionais", considera Gérson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Febrasgo. "Infelizmente, os medicos não abordam a sexualidade quando fazem a orientação contraceptiva."



Para o especialista, uma das consequências práticas desse aprendizado é levar também o homem ao consultório do ginecologista. "O casal tem de chegar a uma resolução conjunta sobre o método contraceptivo."

Abelhas aumentam produtividade dos cafezais

Abelhas aumentam produtividade dos cafezais


da France Presse, em Paris



As abelhas podem aumentar o rendimento em 50% dos cultivos de café, segundo uma pesquisa panamenha publicada hoje na revista científica britânica "Nature".



O café se autopoliniza, pelo que durante um tempo se pensou que os insetos tinham um papel desdenhável em sua polinização. Agora, David Roubik, do Instituto Smithsoniano de Investigação Tropical do Panamá, demonstrou que as abelhas podem aumentar significativamente a produtividade dos cafezais.



O cientista estudou os cafezais do Panamá, onde colônias de abelhas africanas se instalaram em 1985, convertendo-se 25 anos mais tarde na principal espécie polinizadora dos cultivos situados a cerca de 1.500 metros de altitude.



Roubik trabalhou em 2001 analisando 50 plantas de café de dois anos de idade e comprovou que as flores receberam agentes polinizadores locais, mas também de abelhas "imigradas".



Os grãos resultantes da polinização das flores deixadas ao ar livre eram mais pesados que os grãos dos ramos que tinham sido protegidos por redes para impedir qualquer intervenção de polinização externa.



Isso permite deduzir que a contribuição ao peso final do grão varia segundo a natureza dos agentes polinizadores, estima David Roubik, assinalando que, de qualquer modo, as abelhas são responsáveis por mais de 36% da produção, segundo os resultados da investigações.



Investigações complementares deverão ser realizadas para estabelecer se esse papel das abelhas se confirma em uma escala maior, disse a "Nature".



Segundo as estatísticas da FAO, no mundo foram plantados em 2001 cerca de 11 milhões de hectares de cafezais. As superfícies cultivadas na Costa do Marfim, Gana, Quênia, Camarões e Indonésia duplicaram, e em alguns casos até quintuplicaram, nos últimos 40 anos, mas o rendimento dos cultivos diminuiu entre 20% e 50%.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6625.shtml

Reprodução: O segredo é a mistura

Genética




Reprodução: O segredo é a mistura

A relação sexual? Isso é só um detalhe. O importante é trocar moléculas de DNA.

por Maria Fernanda Vomero

Sexo não é só o que você está pensando. Para a Biologia, esse é o assunto mais natural do mundo. Sexo acontece sempre que dois indivíduos de uma determinada espécie trocam informações genéticas entre si, formando um novo ser. A maioria dos animais, plantas, protozoários e até as bactérias fazem sexo, por mais estranho que isso possa parecer. Não precisa nem contato físico. As águas-vivas, por exemplo, lançam suas células sexuais na água e lá o embrião começa a se desenvolver. Os gametas masculinos das plantas, embutidos nos grãos de pólen, podem viajar quilômetros no vento antes de encontrar uma flor e fecundá-la.



A palavra-chave para entender a reprodução sexuada é recombinação. Nela, o pai e a mãe da nova criatura devem, obrigatoriamente, misturar o seu DNA – ácido desoxirribonucléico, a molécula que armazena todas as informações necessárias para a construção de um ser vivo. É um processo complicado e cheio de riscos. Basta lembrar que o conjunto do DNA humano, o genoma, tem mais de 100 000 genes. Durante a recombinação, esses genes são embaralhados como cartas e, na bagunça, podem sofrer alterações – as mutações. Algumas delas são tão ruins que matam o embrião. Outras, ao contrário, criam seres com maiores chances de sobreviver a mudanças no ambiente do que os pais. “O sexo possibilita o surgimento de tipos únicos, sem similar no passado nem no futuro e muito menos no presente”, diz o geneticista Crodowaldo Pavan, da Universidade de São Paulo.











Quem sabe é super

Bactérias como a E. coli, encontradas normalmente no aparelho digestivo dos seres humanos, podem produzir 76 sextilhões de clones a cada 24 horas.











Pecado original

A mistura de genes começou com as bactérias, há 3 bilhões de anos.

As bactérias são seres unicelulares com apenas um cromossomo, ou seja, uma fita de DNA. Mas algumas delas têm uma segunda carga de ácido nucléico, conhecida como plasmídio.



Quando o micróbio enfrenta alguma ameaça do ambiente, o plasmídio se duplica.







Em seguida, ele é transferido através de um tubo chamado pile a uma outra bactéria.







Esse material genético novo pode ficar solto no citoplasma do micróbio receptor ou incorporar-se ao seu DNA.







Nos dois casos, a bactéria receptora transforma-se em um terceiro indivíduo, com uma carga genética diferente da dos "pais". Para os cientistas, esse é o tipo mais primitivo de reprodução sexual.











Vale tudo

Como alguns seres vivos fazem sexo.

Sem contato





Entre os peixes, o encontro de óvulo e espermatozóide acontece fora do corpo, sem nenhum beijnho antes. O macho e a fêmea lançam suas células sexuais na água, onde os ovos se desenvolvem.







Dois em um



As minhocas são hermafroditas, ou seja, macho e fêmea ao mesmo tempo. Só que os órgãos sexuais masculinos e femininos nunca amadurecem ao mesmo tempo. Por isso, o indivíduo não pode se autofecundar. Precisa procurar um parceiro – ou parceira, dependendo da época.







Entrega rápida



As plantas fazem sexo pelo sistema de delivery. Como nas entregas de pizzas, os grãos de pólen – que contêm as células masculinas – são transportados pelo vento ou por insetos como a abelha até outra flor, onde irão fertilizar o óvulo.

http://super.abril.com.br/ciencia/reproducao-segredo-mistura-438130.shtml

Mitos e verdades sobre as latinhas

Mitos e verdades sobre as latinhas




Correio Braziliense – Opinião – 05/10/04 – Brasília - DF



Há alguns anos começaram a circular, na internet, informações sobre supostos casos de contaminação de latas de bebidas. Algumas dessas mensagens chamavam atenção dos internautas, que se sentiam motivados a retransmiti-las para toda a sua lista de amigos: eram relatos sobre a morte de pessoas por leptospirose após terem bebido diretamente em latas de refrigerantes ou cervejas. Depois de algumas mensagens do tipo “uma amiga da família morreu de leptospirose...”, inicialmente traduzidas e adaptadas de outras em circulação nos Estados Unidos, esse tipo de e-mail passou a citar nomes, como o pai da modelo Daniela Sarahyba, além de cientistas, professores e institutos de pesquisa, como o Inmetro, de forma a provocar espanto na população e na comunidade científica.



Alguns jornais e revistas, que resolveram comprovar a veracidade dessas informações junto às instituições e às pessoas envolvidas, chegaram à conclusão óbvia: os relatos veiculados pela internet eram falsos e não passavam de boatos. Lendas da internet, sem qualquer tipo de comprovação técnica ou científica. Todas as instituições e pessoas citadas desmentiram categoricamente. Nada foi comprovado que tenha sido conseqüência da contaminação das latas de bebidas. O próprio Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo informa que não detectou até o momento qualquer caso em que o risco epidemiológico tenha sido o de consumir bebidas em lata, e considera improvável o risco de transmissão de leptospirose por esse tipo de embalagem.



É bom lembrar que a própria superfície do alumínio, em condições normais, é lisa, seca e sem nutrientes, não oferecendo ambiente propício para a sobrevivência e a multiplicação de microrganismos. O uso do alumínio aumenta a proteção dos alimentos e, nas embalagens de medicamentos, contribui para minimizar riscos de contaminação e violação dos produtos.



Mesmo assim, as lendas espalhadas na internet sobre as latinhas não deixam de causar impacto. Chegaram a motivar o empenho de alguns políticos que apresentaram projetos de lei para tornar obrigatória a colocação de um “selo protetor” nas latas, contra o risco de contaminação. Uma idéia inútil para um problema inexistente. Mais que isso: esta medida seria tão desnecessária quanto prejudicial, por não dispor de qualquer embasamento técnico, já que o selo não é capaz de vedar totalmente o local de abertura; podem ocorrer microfugas e entrada de umidade e sujidades, permitindo que os microrganismos presentes se multipliquem e atinjam altas contagens. Em suma, o selo pode transformar-se num foco de contaminação microbiana, assim como os invólucros plásticos em garrafões de água mineral, que foram recentemente proibidos pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.



Por outro lado, um estudo do Cetea (Centro de Tecnologia de Embalagem) do Instituto de Tecnologia de Alimentos, ITAL, envolvendo análises microbiológicas das superfícies das latas observou que a contagem microbiana e fúngica da maioria das latas coletadas encontrava-se rigorosamente dentro dos limites estabelecidos pela OPAS, Organização Panamericana de Saúde. Além disso, todas as latas apresentaram ausência de coliformes fecais e Leptospira sp., indicando condições sanitárias bastante satisfatórias para consumo. O estudo concluiu que os níveis de contaminação, quando ocorrem, estão associados principalmente às condições de higiene do ponto de venda e não da embalagem. O gelo, por exemplo, usado por vendedores ambulantes e quiosques para resfriar os produtos, é o principal agente de contaminação das diversas embalagens de bebidas.



Com efeito, a quantidade de microrganismos encontrada na superfície das latas em condições normais de distribuição no comércio está muito longe de ser um risco ao consumidor. Os padrões higiênicos e sanitários definidos para diversos alimentos – como rosbife, pescados, embutidos ou presunto cru –, ou seja, as quantidades de microrganismos aceitáveis para consumo por não acarretarem risco à saúde, estão muito acima de tudo o que foi encontrado nas superfícies das latas analisadas pelo Cetea. Esse comparativo vale inclusive para saladas, sanduíches, queijos e chocolates.



Consumir bebidas diretamente na lata é tão inofensivo quanto nossos hábitos alimentares mais comuns. Uma notícia nada surpreendente, pois 200 bilhões de latas de bebidas são consumidos por ano em todo o mundo e nenhum país cogita de adotar “selos protetores” nem algo parecido.



O que realmente conta é a necessidade de orientação do consumidor, pois o caminho para se evitar problemas é um só: atenção para os hábitos básicos de higiene, ao comprar e consumir qualquer produto alimentício.



Dr. Eneo Alves da Silva Jr.

Doutor em microbiologia pela USP e consultor do PAS – Programa Alimentos Seguros (Senai/Senac/Anvisa).

Rótulos de alimentos

http://www.anvisa.gov.br/

TABELA DE COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS

http://www.fcf.usp.br/tabela/

Pão e saúde

Pão e saúde


Por: Maria Ramos

Que o pão faz parte do dia-a-dia do brasileiro todo mundo sabe. Geralmente o café da manhã não começa sem ele. Mas será que o pão tem valor nutritivo? Ele é importante para a nossa saúde? Quem quer emagrecer deve cortar o pão da dieta? Qual a melhor opção: pão branco ou integral? E o que é este tal de glúten que vem escrito na embalagem? Ele faz mal?

Ufa! São realmente muitas dúvidas, não? Apesar de o pão estar na mesa do brasileiro há mais de 200 anos, as pessoas, em geral, sabem muito pouco sobre ele.


A importância do pão

Pães, assim como massas, batatas, mandioca e cereais, são alimentos ricos em carboidratos. Geila Felipe, nutricionista da Fiocruz e do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da região Sudeste, explica que os carboidratos são a base da nossa alimentação e a primeira fonte de energia que o nosso corpo usa.


Uma dieta pobre em carboidratos pode trazer efeitos indesejados, como fraqueza, mal-estar, desidratação, perda de massa magra, menor resistência a infecções, dentre outros problemas. Para o bom funcionamento do organismo, 50 a 60% das calorias que nós ingerimos devem vir dos carboidratos.


Afora isso, o pão tem uma importância cultural e religiosa muito grande. “Ele está associado ao ato de compartilhar, ao momento em que a família se reúne pela manhã e aproveita para conversar”, defende a nutricionista.


Pão engorda?

O pão, por si só, não engorda. O que engorda é o consumo excessivo de carboidratos, bem como de qualquer outro macronutriente, como proteínas e gorduras. A nutricionista Geila Felipe explica que é errado pensar que os carboidratos devam ser cortados da dieta de quem quer emagrecer. O importante, segundo ela, é não exceder os valores recomendados.


Entretanto, uma dica importante para quem quer perder peso é que existem dois tipos de carboidratos: os simples e os complexos. Os simples estão presentes nos alimentos de sabor adocicado, como mel, geleia, leite, açúcar e frutas. Já pães, massas, arroz, cereais, batata, mandioca e farinha pertencem ao grupo dos carboidratos complexos.

Quem quer emagrecer, deve preferir uma alimentação equilibrada, composta por verduras, legumes, frutas, feijões e carboidratos complexos integrais. Os alimentos integrais são digeridos mais lentamente e, por isso, dão uma sensação maior de saciedade, além de conterem fibras que ajudam a regular o intestino. Neste caso, o pão integral pode ser uma opção melhor do que o pão branco.

Quanto aos carboidratos simples, devem ser consumidos esporadicamente e com moderação. Para perder peso, o ideal é evitar alimentos como doces, chocolates e guloseimas em geral. A exceção fica para as frutas e o leite, que devem ser consumidos, uma vez que são fonte de fibras (no caso das frutas), vitaminas e minerais.

Praticantes de atividades físicas, com duração superior a uma hora, devem priorizar a ingestão de carboidratos antes, durante ou após a atividade. Já quem não pratica exercícios deve controlar a quantidade de carboidratos, especialmente no período noturno, em que o metabolismo do corpo fica mais lento.

O que é glúten?

“Contém glúten”. Você já deve ter visto esse alerta nas embalagens de diversos alimentos, certo? O glúten é uma proteína encontrada nos cereais (trigo, centeio, aveia e cevada) e, portanto, está presente no pão. Essa proteína possui uma capacidade elástica que permite o pão ficar fofinho e gostoso, por não deixar arrebentar aqueles buraquinhos que se formam na massa quando ela cresce, ou seja, fermenta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exige que seja informado, no rótulo, que o alimento contém glúten, porque algumas pessoas têm alergia a essa proteína, uma moléstia chamada de doença celíaca.


Mas ao contrário do que afirmam os defensores da dieta do glúten, uma dieta da moda que invade academias e lojas de produtos naturais, a nutricionista Geila Felipe explica que, até o momento, não há razão para crer que o glúten faça mal a pessoas que não possuem a doença celíaca.


Segundo ela, não existe nenhuma comprovação científica para o argumento de que o glúten forma uma cola na parede do intestino, impedindo o seu funcionamento. “O que pode ocorrer são casos mais raros de pessoas que descobrem que possuem algum grau de alergia ao glúten já na vida adulta”, esclarece a nutricionista.


Além disso, no glúten, está presente um aminoácido chamado glutamina que, segundo Geila, é essencial para nutrir as células do intestino: “Em caso de desnutrição grave de pessoas internadas, por exemplo, a glutamina é muito usada para impedir que bactérias presentes no intestino migrem para outros locais do corpo em busca de alimento e, desta forma, acabem provocando infecções”.


Gostou dessa matéria? Então você não pode deixar de ler: O pão nosso de cada dia, para saber um pouco mais sobre a história dessa comida pré-histórica.



Saiba mais sobre a doença celíaca no site do Fiojovem.


http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=820&sid=8

ANATOMIA HUMANA

Este site é destinado ao estudo da anatomia (externa e interna) e da fisiologia humanas, com abordagem intermediária entre ensino médio e ensino superior.


Na área Especiais você encontra temas atuais e contextualizados como futebol, fisiologia da paixão e distúrbios alimentares.

Se você é professor ou aluno, pode aumentar a produtividade de preparação de aulas ou de estudo usando nossas apresentações e transparências prontas (agora em http://www.bioloja.com/).


Visite também : http://www.auladeanatomia.com/

Viaminas

Nossa vida depende destas pequenas moléculas: as vitaminas são essenciais para as funções biológicas.




Saiba o que são as vitaminas, como elas agem em nosso organismo e quais são os mitos que cercam estas substâncias.
 
http://www.qmc.ufsc.br/quimica/pages/especiais/revista_especiais_vitaminas.html
 

A ferro e fogo

A ferro e fogo


A tiros, Vasco da Gama abriu a rota das Índias há 500 anos



Izalco Sardenberg



No dia 8 de julho de 1497 -- há exatos 500 anos nesta terça-feira -- uma pequena frota de três caravelas e uma nau de suprimentos deixou o porto de Lisboa para uma viagem memorável. O que o genovês Cristóvão Colombo tinha feito velejando para o oeste, cinco anos antes, para descobrir a América, o navegante português Vasco da Gama estava prestes a repetir no Oriente, traçando pela primeira vez o caminho marítimo para as Índias. Essas duas viagens formidáveis derrubaram as fronteiras do conhecimento, fundiram para sempre civilizações e assentaram as rotas comerciais e culturais sobre as quais se ergueu o mundo moderno. Vasco da Gama também abriu as portas do Oriente para as naus lusitanas e permitiu que Portugal vivesse seu século de glória, em que descobriu o Brasil e foi senhor absoluto do comércio com a Índia, o Japão e a China. Não é por outra razão que o maior poeta da língua portuguesa, Luís de Camões, encantado com a visão das velas desfraldadas com a cruz de Malta, compôs Os Lusíadas como uma ode a Vasco da Gama, o argonauta do mito português de que "navegar é preciso".



Ao deslizar para fora da barra do Rio Tejo, na nau capitânia São Gabriel, uma caravela de 90 toneladas, Vasco da Gama não era nem sombra do herói nacional em que se transformaria ainda em vida. Na partida, era um obscuro fidalgo de Sines, no Alentejo, ligado a um grupo de cortesãos em baixa na corte de dom Manuel. Ele foi escolhido para a viagem às Índias sobretudo porque seus inimigos não acreditavam no sucesso da expedição. Preferiram deixar o fracasso por conta de um desafeto. Vasco da Gama andava na casa dos 30 anos (a data exata de seu nascimento é desconhecida), e a imagem que se tem dele, feita com base em pinturas e relatos de época, não o favorece em nada. Era um homem de pernas muito curtas, barba preta, nariz longo e lábios apertados. "A expressão de seu rosto", diz o historiador indiano Sanjay Subrahmanyan, professor da Escola de Altos Estudos de Paris e autor da mais completa biografia de Vasco da Gama, "era a de um ser maléfico e determinado."



Mergulho no desconhecido -- Era mesmo um sujeito cruel, não muito inteligente, como a história de sua viagem irá mostrar. Apesar de tudo isso, o navegante demonstrou fibra para cumprir a missão, um verdadeiro mergulho no desconhecido. Na época, o desenvolvimento da navegação lusitana já era notável. A rota até o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, tinha sido traçada por Bartolomeu Dias em 1487. Mesmo assim, o outro lado do mundo era um mistério para os portugueses. Durante uma década, a corte em Lisboa hesitou entre seguir o caminho aberto por Dias e tentar a sorte no Ocidente, onde a Espanha tinha descoberto a América. A expedição de Vasco da Gama marca uma reviravolta na política marítima portuguesa e foi planejada e montada como um projeto de Estado. O piloto da São Gabriel era o mesmo Pêro de Alenquer que contornara a África com Bartolomeu Dias e o escrivão, Diogo Dias, era irmão do navegador. Outra caravela, a São Rafael, era comandada pelo irmão mais velho de Vasco, Paulo da Gama. Completava a frota a Berrio, cujo capitão, Nicolau Coelho, viria ao Brasil três anos mais tarde com Pedro Álvares Cabral.



A aventura de Vasco da Gama contada no diário de Álvaro Velho e nos desenhos de um livro do século XVI: herói de Os Lusíadas, o navegante português ficou rico saqueando navios no Índico



A expedição de Vasco da Gama reunia o melhor que Portugal podia oferecer em tecnologia náutica. Dispunha das mais avançadas cartas de navegação e levava pilotos experientes. Os navios eram leves e rápidos. Faltavam-lhe, é claro, conhecimentos mínimos de higiene e medicina, de que os povos daquele período ainda não tinham notícia. O convés das caravelas, não mais amplo que uma quadra de tênis, logo estaria coalhado de doentes e mortos. As tripulações eram dizimadas pelo escorbuto, provocado por deficiência de vitamina C. Dos mais de 150 homens que deixaram Lisboa, só voltaram 55. Por falta de marinheiros, Vasco da Gama foi forçado a abandonar a São Rafael e queimá-la na costa da África. A frota levava também um capelão, dois intérpretes (um que falava árabe e outro que conhecia dialetos africanos) e cinco degredados para ser abandonados à própria sorte num canto qualquer.



Selvageria e aventura -- Repleta de peripécias e episódios de selvageria e aventura, a viagem de Vasco da Gama foi o marco decisivo numa época em que o mundo estava redesenhando suas rotas de comércio. Durante os séculos que antecederam as viagens marítimas portuguesas, a Europa era regularmente abastecida de pimenta, cravo, canela e gengibre -- as chamadas especiarias -- pelos comerciantes genoveses. Num tempo em que não havia geladeira nem técnicas mais elaboradas de conservação de alimentos, os temperos serviam principalmente para disfarçar o sabor meio passado dos alimentos, sobretudo os que eram guardados por mais tempo para consumo no inverno. Os genoveses traziam esses produtos da Índia através de rotas terrestres pelo Oriente Médio e depois distribuíam a mercadoria pela costa do Mediterrâneo. Com a tomada de Constantinopla, em 1453, pelos turcos otomanos, tudo isso mudou. As especiarias continuaram a chegar pela rota tradicional, mas em quantidades cada vez mais reduzidas e a preço de ouro.



Coube aos portugueses encontrar uma nova rota de comércio por duas razões: eles tinham a tecnologia e a vocação natural para isso. Estavam situados numa posição estratégica, a meio caminho entre o norte da Europa e o Mediterrâneo, e tinham criado uma importante academia de navegação, a Escola de Sagres. Além disso, sem população nem recursos que lhe permitissem colonizar terras distantes, como fez a Espanha, restava a Portugal o descobrimento de rotas e o estabelecimento de entrepostos comerciais na África e na Ásia. "Apesar do Brasil, o império português jamais foi territorial. Foi um império marítimo, apoiado em uns poucos pontos costeiros", diz o professor Antônio Hespanha, presidente da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, em Lisboa. "Quando Vasco da Gama chega às Índias, é como se Portugal tivesse encontrado sua vocação."



Os portugueses abriram o caminho das Índias apoiados na diplomacia do canhão. O relato mais atento da viagem de Vasco da Gama é o diário de bordo escrito por Álvaro Velho, só descoberto pelo escritor português Alexandre Herculano em 1834. Tripulante do São Rafael, Velho deixa claro que nos planos do navegador não constava estabelecer relações amigáveis com os povos visitados. Ao contrário, ele nunca hesitou em canhonear os portos de que se aproximava ao menor motivo. "A abordagem comercial dos portugueses era realmente agressiva", afirma a historiadora Janice Teodoro da Silva, da Universidade de São Paulo. "Não se pode esquecer que muitos tripulantes tinham lutado nas Cruzadas e se julgavam no direito de impor sua vontade a tiro sobre os hereges."



Observando-se hoje a rota percorrida por Vasco da Gama, percebe-se que a frota portuguesa fez um desvio inexplicável no Oceano Atlântico, quase tocando a então desconhecida costa brasileira -- mais tarde, Cabral faria exatamente o mesmo caminho, avançando até encontrar terra. Depois de passar o Cabo da Boa Esperança, desmontaram a nau de mantimento e guardaram o madeirame nos porões dos outros navios. O primeiro contato com a civilização oriental foi no porto de Moçambique, então um importante centro comercial dominado por mercadores árabes.



Decepções -- Quatro naus estavam atracadas no porto, com peças de ouro e prata a bordo. Os ricaços do lugar, anotou o cronista de bordo, vestiam roupas coloridas de algodão e linho, com turbantes de seda. Vasco da Gama bombardeou o porto até obrigar o sultão a fornecer-lhe água potável e dois pilotos para guiá-los pela costa. Não satisfeito, saqueou dois navios cheios de mercadorias. A próxima parada foi a ilha de Zanzibar. O piloto confundiu o lugar com o continente e Vasco da Gama mandou chicoteá-lo. Por isso, durante muito tempo, Zanzibar foi chamada pelos portugueses de "Ilha do Açoitado". Em Melinde, na costa do atual Quênia, o navegador trocou um refém nobre por um piloto árabe, Malemo Canaqua, que conduziria a frota em segurança a Calicute -- enfim, as Índias.



Os três meses em que Vasco da Gama ficou na região de Calicute foram uma sucessão de mal-entendidos, decepções e escaramuças. "Vasco da Gama, na verdade, não tinha uma idéia muito exata de comércio e de jogo político, nem era um grande diplomata", disse o professor Hespanha. O primeiro contato, feito por um degredado que Gama despachou para terra, pareceu promissor. Ele encontrou dois tunisianos que falavam castelhano e genovês, e que festejaram a chegada dos portugueses com gritos de "Buena fortuna, buena fortuna". Daí para a frente foi um desastre.



Os portugueses faziam uma divisão simplória do mundo entre cristãos, do lado do bem, e os "hereges", os muçulmanos. Imaginavam que a Índia fosse povoada por cristãos de rito oriental. Numa visita aos templos hinduístas de Calicute, Gama surpreendeu-se com as imagens dos deuses de vários braços. "Onde estão nossos santos?", perguntou espantado. Acompanhado de onze fidalgos e de um intérprete, Vasco da Gama entregou ao rei de Calicute uma carta do rei dom Manuel. Recostado num divã de veludo verde, o rei ouviu o relato de que a coroa portuguesa era a "mais poderosa" da Europa e uma das mais ricas em ouro. Tudo ia muito bem até que a comitiva portuguesa resolveu mostrar os presentes que havia trazido. O rei ficou chocado com a pobreza da oferenda: uma dúzia de casacos, seis chapéus, seis bacias, um pacote de açúcar e dois barris de manteiga, rançosa depois de tanto tempo no mar. "Se o senhor veio de um reino tão rico, por que não trouxe nada?", perguntou ele, cheio de espanto. Vasco da Gama provavelmente não entendeu que as expectativas daquela corte eram muito mais altas do que ele poderia preencher com seus presentes lusitanos. O navegador ficou "melancólico", nota Álvaro Velho em sua crônica, mas por pouco tempo -- bem cedo percebeu que poderia saquear as embarcações que cruzavam o Índico e se abastecer das mercadorias necessárias para comerciar na região.



Caravela fretada -- Durante a viagem de volta a Portugal, Vasco da Gama fez uma escala na ilha de Cabo Verde, na África, para cuidar do irmão doente, que morreu logo depois. Ao chegar a Lisboa, no dia 8 de setembro de 1499, numa caravela fretada em Cabo Verde, foi recebido como herói nacional. Ganhou o título de almirante, propriedades e uma pensão generosa. Três anos mais tarde voltou à Índia com uma esquadra de vinte navios, estabeleceu feitorias e enriqueceu pilhando mercadores árabes e indianos que encontrou pelo caminho. Não está registrado nos livros didáticos que ensinam a história das grandes navegações às crianças, mas Vasco da Gama tratou seus prisioneiros com uma crueldade enorme, enviando cestos com suas cabeças decepadas às famílias desses homens, nas cidades costeiras. Num episódio marcado por um barbarismo difícil de entender nos dias de hoje, Vasco da Gama queimou um navio apinhado de peregrinos muçulmanos no Oceano Índico. Morreram 240 homens, além de mulheres e crianças.



Vasco da Gama morreu em Cochin, na Índia, em 1524, perto dos 60 anos. Agora, 500 anos decorridos de sua primeira viagem às Índias, Portugal prepara grandes homenagens para seu navegante mais importante. Os festejos, que começam agora, devem culminar com a Exposição Universal em Lisboa no próximo ano. Mas, na costa de Malabar, onde os portugueses mantiveram até 1961 o enclave de Goa, há protestos contra o projeto das festas. Em Goa, foi formado um comitê para forçar o governo a trocar o nome do porto, hoje chamado de Vasco da Gama, e em Calicute um grupo de professores organizou um ano inteiro de protestos. "É uma vergonha homenagear a chegada do homem que começou a era colonial em nosso país", diz Nagesh Karmali, porta-voz do grupo. É um exagero histórico. Os ingleses só conquistaram a Índia dois séculos depois e Portugal nada teve a ver com isso. É compreensível, contudo, que Calicute tenha más lembranças. Depois de descobrir o Brasil, a frota de Cabral seguiu o caminho de Vasco da Gama e bombardeou a cidade, matando mais de 400 de seus habitantes.



Caravela fretada -- Durante a viagem de volta a Portugal, Vasco da Gama fez uma escala na ilha de Cabo Verde, na África, para cuidar do irmão doente, que morreu logo depois. Ao chegar a Lisboa, no dia 8 de setembro de 1499, numa caravela fretada em Cabo Verde, foi recebido como herói nacional. Ganhou o título de almirante, propriedades e uma pensão generosa. Três anos mais tarde voltou à Índia com uma esquadra de vinte navios, estabeleceu feitorias e enriqueceu pilhando mercadores árabes e indianos que encontrou pelo caminho. Não está registrado nos livros didáticos que ensinam a história das grandes navegações às crianças, mas Vasco da Gama tratou seus prisioneiros com uma crueldade enorme, enviando cestos com suas cabeças decepadas às famílias desses homens, nas cidades costeiras. Num episódio marcado por um barbarismo difícil de entender nos dias de hoje, Vasco da Gama queimou um navio apinhado de peregrinos muçulmanos no Oceano Índico. Morreram 240 homens, além de mulheres e crianças.



Vasco da Gama morreu em Cochin, na Índia, em 1524, perto dos 60 anos. Agora, 500 anos decorridos de sua primeira viagem às Índias, Portugal prepara grandes homenagens para seu navegante mais importante. Os festejos, que começam agora, devem culminar com a Exposição Universal em Lisboa no próximo ano. Mas, na costa de Malabar, onde os portugueses mantiveram até 1961 o enclave de Goa, há protestos contra o projeto das festas. Em Goa, foi formado um comitê para forçar o governo a trocar o nome do porto, hoje chamado de Vasco da Gama, e em Calicute um grupo de professores organizou um ano inteiro de protestos. "É uma vergonha homenagear a chegada do homem que começou a era colonial em nosso país", diz Nagesh Karmali, porta-voz do grupo. É um exagero histórico. Os ingleses só conquistaram a Índia dois séculos depois e Portugal nada teve a ver com isso. É compreensível, contudo, que Calicute tenha más lembranças. Depois de descobrir o Brasil, a frota de Cabral seguiu o caminho de Vasco da Gama e bombardeou a cidade, matando mais de 400 de seus habitantes.

http://veja.abril.com.br/090797/p_068.html

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Etanol brasileiro é o mais avançado e menos poluente do mundo

Etanol brasileiro é o mais avançado e menos poluente do mundo



Jornal do Brasil


DA REDAÇÃO - O etanol brasileiro de cana-de-açúcar é o biocombustível menos poluente do mundo. A afirmação é da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA). O álcool produzido no Brasil reduz as emissões de gases de efeito estufa em 61% em relação à gasolina – o que o caracteriza como um “biocombustível avançado”. O etanol de milho americano, em comparação, produz redução de cerca de 15%. E o biodiesel europeu proporciona reduções na faixa de 20% a 30%.


O reconhecimento da EPA, que abre uma porta gigantesca para o produto brasileiro nestes tempos de luta contra as emissões de CO2 e aquecimento global, aumenta ainda mais a necessidade de investimentos em pesquisas relacionadas ao biocombustível no Brasil, segundo pesquisadores brasileiros.


– Trata-se de uma excelente notícia para o etanol brasileiro, pois a disponibilidade de um biocombustível avançado comercialmente viável é um elemento importante para a estratégia americana de redução de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, a provável abertura do mercado criará uma demanda que só poderá ser suprida se tivermos um grande avanço tecnológico – diz Luís Augusto Barbosa Cortez, professor da Unicamp.


Segundo Cortez, a necessidade de aumento da produção poderá ter tal magnitude que somente seria possível de ser realizada com investimentos em pesquisa para o aprimoramento do etanol de primeira geração e para o desenvolvimento da produção de etanol celulósico – que deverá aumentar a produtividade sem expansão da área plantada de cana-de-açúcar:

– Essa boa notícia precisa ser acompanhada de investimentos para que o etanol tenha melhores indicadores, como custo de produção, redução de consumo de fertilizantes, produtividade agroindustrial, condições de trabalho no campo e redução de queimadas. A sustentabilidade do etanol tem que ser considerada em suas dimensões ambientais, sociais e econômicas.



A decisão não abre o mercado apenas nos EUA, mas em todo o mundo, porque a EPA é reconhecida em todos os países, e o etanol brasileiro provavelmente ganhará importância nas estratégias de redução de emissões de todos eles, comenta Cortez.



Para ser considerado um biocombustível avançado, o produto deve reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40% em relação à gasolina. Artigos científicos indicaram que a redução do etanol brasileiro variava entre 60% e 90%, dependendo da metodologia.


– Que eu saiba, por esse critério, não há nenhum outro biocombustível avançado comercialmente viável. Os americanos têm esperanças de conseguir essa classificação para o etanol de segunda geração, mas ele ainda não é comercial e quando estiver sendo produzido ainda será muito caro – afirmou Cortez.






A questão ambiental do etanol tem o outro lado da moeda. Segundo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, a expansão da área plantada para elevar a produção de biocombustíveis pode forçar criadores de gado a avançar sobre o Cerrado e a Amazônia, gerando deflorestamento e uma consequente emissão maior de gases.



Com Agência Fapesp (Fábio de Castro)




http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/02/08/e080221619.asp

Amazônia é grande emissora de metano

Amazônia é grande emissora de metano


Elevada emissão natural do gás reforça necessidade de reduzir participação humana no efeito estufa
Por: João Gabriel Rodrigues

Publicado em 03/07/2007
Atualizado em 14/10/2009

A floresta amazônica é um dos maiores focos do mundo de emissão do gás metano (CH 4 ), um dos principais causadores do efeito estufa. A surpreendente descoberta, conseqüência de uma série de estudos realizados em conjunto por cientistas brasileiros e norte-americanos, mostra que a Amazônia contribui, por ano, com cerca de 23% das emissões mundiais do gás. Os cientistas ainda não sabem ao certo o porquê dessas elevadas taxas, que reforçam a necessidade de redução das emissões pelo homem.

Os cientistas recolheram amostras do ar da Amazônia em diferentes alturas e verificaram uma taxa de metano muito maior do que a esperada. (Foto cedida por Luciana Gatti).


A pesquisa, iniciada em 2003 e publicada recentemente na revista Geophysical Research Letters , é fruto de uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o órgão norte-americano National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Os cientistas usaram um avião de pequeno porte para recolher amostras do ar da Amazônia em uma faixa vertical, da altura de quatro quilômetros – que apresenta um grau mínimo de concentração de gases poluentes – até bem perto do solo – onde a presença dos gases se mostrou maior.



As amostras de ar foram, então, comparadas com os dados da concentração de gases na atmosfera fornecidos por duas estações globais de monitoramento: na ilha de Ascension, entre o Brasil e a África do Sul, no Oceano Atlântico sul, e em Barbados, na América Central, região que apresenta concentração de gases de efeito estufa mais elevada. Como as correntes de ar desses locais se dirigem à Amazônia, foi possível medir a concentração de gases dos ventos antes de chegarem à região amazônica e após receberem as emissões da floresta. Para garantir que as massas de ar analisadas nesses dois momentos fossem as mesmas, os pesquisadores usaram como parâmetro as taxas de um gás sintético liberado por indústrias, o hexafluoreto de enxofre (SF 6 ), que não é produzido nem consumido pelo ambiente. Com a comparação, os cientistas puderam perceber uma taxa de metano muito maior do que a esperada na Amazônia: 34 ppb (partes por bilhão) por ano.



“Em época de cheias, é normal que haja um aumento na emissão de CH 4 para o ar, já que o gás é naturalmente produzido em ambientes com pouca oxigenação, como em regiões alagadas”, explica a coordenadora brasileira do estudo, a química Luciana Vanni Gatti, do Ipen. “Como 20% da Amazônia ficam alagados nesse período, o aumento dessa taxa poderia ser explicado. Mas nós descobrimos que essa variação não poderia ser toda proveniente das áreas alagadas, o que gera incerteza sobre sua origem.”



Segundo Gatti, um estudo publicado no ano passado indica que as plantas podem emitir metano diretamente. Essa poderia ser uma das explicações para o valor de emissões maior do que o esperado. “Saber de onde vem o gás é importante para que seja possível controlar as emissões”, diz. E acrescenta: “Mas não se pode esquecer que as emissões naturais sempre existiram. Não são elas as causadoras do aumento do efeito estufa, e sim a emissão decorrente de atividades humanas. O que deve haver é uma conscientização da sociedade para que a contribuição humana nessas taxas seja diminuída.”



A pesquisa, que ainda está em andamento, faz parte do Experimento Biosfera-Atmosfera de Larga Escala na Amazônia (LBA, na sigla em inglês), projeto coordenado pelo Brasil e que reúne dezenas de países. O LBA também desenvolve, no momento, pesquisas envolvendo os outros gases de efeito estufa. O próximo relatório a ser divulgado será sobre o dióxido de carbono (CO 2 ).





João Gabriel Rodrigues

Ciência Hoje On-line

03/07/2007

Site Conservação para o Ensino Médio

O site Conservação para Ensino Médio tem como objetivo ajudar estudantes a entender conceitos relacionados à conservação biolológica e ao desenvolvimento sustentável por meio de textos simples, animações e imagens.


Esse site foi desenvolvido por Roberto Langanke, aluno do LEPAC(Laboratório de Ecologia da Paisagem e Conservação) do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, sob a supervisão da Profa. Dra. Vânia Regina Pivello.



Clique aqui para obter dicas sobre uma melhor utilização do site

e nossa política em relação às imagens



Para maiores informações sobre nosso laboratório, o Instituto de Biociências ou a USP, clique nos links relacionados abaixo:

http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/index.htm

Ciclo das águas

Ciclo das águas



A água pura (H2O) é um líquido formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio e os cientistas acreditam que apareceu no planeta a cerca de 4,5 bilhões de anos atrás.



O ciclo da água, também denominado ciclo hidrológico, é responsável pela renovação da água no planeta. O ciclo da água inicia-se com a energia solar, incidente no planeta Terra, que é reponsável pela evapotranspiração das águas dos rios, reservatórios e mares, bem como pela transpiração das plantas.



As forças da natureza são responsáveis pelo ciclo da água. A água é fator decisivo para que a vida surgisse e se desenvolvesse na Terra.



O vapor d'água forma as nuvens, cuja movimentação sofre influência do movimento de rotação da Terra e das correntes atmosféricas.



A condensação do vapor d'água forma as chuvas. Quando a água das chuvas atinge a terra, ocorre dois fenômenos: um deles consiste no seu escoamento superficial em direção dos canais de menor declividade, alimentando diretamente os rios e o outro, a infiltração no solo, alimentando os lençóis subterrâneos.



A água dos rios tem como destino final os mares e, assim, fechando o ciclo das águas. A movimentação da água na natureza é mostrada na figura a seguir.


POLUIÇÃO DA ÁGUA

POLUIÇÃO DA ÁGUA




Alguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.



Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.



A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.



A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.



Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.



Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.



Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .



A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).



A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.



Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.



O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.



Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.



Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.





Texto: Dr.ª Sônia Lúcia Modesto Zampieron

Biólogo João Luís de Abreu Vieira

Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida - Água para Todos

Reporter Eco

Visita ao formigueiro

Visita ao formigueiro

Por: Mara Figueira, Instituto Ciência Hoje/RJ

Publicado em 02/01/2010
Atualizado em 23/12/2009

Formiga saúva carrega um pedaço de caule até o seu ninho (fotos: Júlio Avanzo Neto e Joana Fava Alves).

Você sabia que as formigas habitavam o nosso planeta há mais de cem milhões de anos? Imagina por que elas são definidas como insetos? Seria capaz de pensar que esses bichos, como nós, também produzem lixo?



Então, clique na tela abaixo e assista ao vídeo As saúvas – Uma sociedade de formigas. Produzido pela bióloga Joana Fava Alves, ele acaba de ser divulgado na internet e traz muitas informações – além de imagens sensacionais – sobre as formigas saúvas.







Pode me chamar de cortadeira!

Também conhecidas como cortadeiras, por terem o costume de cortar folhas e as levarem para dentro do formigueiro, as saúvas foram filmagens por Joana em São Paulo. A bióloga capturou imagens desses insetos tanto em formigueiros artificiais mantidos em laboratórios da Universidade de São Paulo quanto em formigueiros naturais presentes nos jardins dessa instituição e também na cidade paulista de Itirapina.





Foram quase dois anos de trabalho – e algumas picadas dos insetos! – até que o vídeo – produzido como trabalho final da faculdade de biologia em 2008 – ficasse pronto. Registrar o dia-a-dia das saúvas exigiu paciência e atenção. “Bicho é sempre complicado para filmar. Em geral, você precisa esperar até que aconteça o comportamento que você deseja gravar. Além disso, é preciso lidar com alguns contratempos. Se está muito quente, por exemplo, é difícil ver as saúvas fora do ninho durante o dia”, conta a bióloga, que está por trás de cada detalhe do vídeo, desde a filmagem até a locução, passando pela pesquisa, pela redação do roteiro e pela edição das imagens, entre muitas outras ações.



No escurinho do formigueiro


Disponível, por enquanto, apenas na internet, As saúvas – Uma sociedade de formigas deve ganhar, em breve, uma pequena tiragem em DVD. Com quase catorze minutos de duração, o vídeo traz cenas que somente poderíamos presenciar se nos aventurássemos pelo interior de um formigueiro. Ou você já teve a chance de observar uma formiga rainha colocando ovos para fundar um novo ninho? “Para mim, essas são as cenas mais especiais, pois mostram comportamentos que acontecem escondidos, no escuro do formigueiro onde ninguém vê”, conta Joana, que mantém um blogue só sobre as formigas saúvas e que você também pode conferir.

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/dezembro/visita-ao-formigueiro/?searchterm=ovos

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL 2010

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL 2010




ZOOLOGICO DE SÃO PAULO

Datas do Concurso e Calendário



· Inscrições até dia 16/07/2010;

· 20/07/10: prova escrita;

· 21/07/10: publicação do resultado, com lista de candidatos selecionados para a análise de currículo documentado;

· 22/07/10: entrega de currículo documentado;

· 23/0710: análise de currículo pelas bancas e publicação dos resultados com lista de candidatos selecionados para as provas práticas e entrevistas até as 17 horas;

· 26/07/10: provas práticas e entrevistas;

· 27/07/10: publicação dos resultados com a lista dos candidatos selecionados;

· 02/08/2010: início das atividades

http://www.zoologico.sp.gov.br/ensinopesquisa/diretrizes.asp

Revista Meio Ambiente

Araucárias Gigantes será oficialmente transformada em reserva

Revista eletrônica de Astronomia

FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA DA ASTRONOMIA

FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA DA ASTRONOMIA


O céu sempre foi motivo de fascinação e interesse para o homem. Chineses, indianos e as


populações que habitavam as regiões consideradas como o berço da civilização ocidental - a

Mesopotâmia, o Peloponeso, o Norte da África, o Oriente Médio - observaram as estrelas durante

séculos. Entretanto, além de alguns esparsos registros chineses e textos indianos de cunho

religioso e fraseologia obscura, os únicos documentos que chegaram aos nossos dias e se referem

às atividades astronômicas na Antigüidade são tabuinhas cuneiformes babilônicas, datadas de

época relativamente recente: 700 a.C.

O exame desses textos revela que os babilônios faziam observações sistemáticas que lhes

permitiam prever acontecimentos astronômicos (eclipses solares e lunares), efetuar medidas das

translações planetárias, etc.

Os babilônios, entretanto, não se preocuparam em construir modelos geométricos que

explicassem os movimentos dos astros; foi na Grécia que a atenção dos filósofos se voltou

decisivamente para essa tarefa, e, entre tais filósofos, Platão foi o que maior influência exerceu

sobre as gerações seguintes, no que se refere às idéias cosmológicas. Platão encarava a Terra

como a região mais indigna do Universo, devendo por esta razão, ocupar posição inferior às dos

demais astros; estes por sua vez, seriam corpos perfeitos, que somente poderiam executar um

movimento perfeito - O CIRCULAR. Nessas concepções repousou toda a cosmologia que

predominou desde o século IV a.C. até o princípio do século XVI d.C..

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O mundo da Física

O mundo da Física


A curiosidade do homem pode ser compreendida de várias maneiras: alguns dizem que vem de uma necessidade de sobrevivência, outros dizem que é uma forma de prazer ou, ainda, no pensamento religioso, que é uma forma de conhecer a Deus. Mas uma coisa não podemos negar: o homem é curio

Por que as coisas caem?

O Sol é uma bola de fogo?

A Terra está parada? E a Lua, como ela fica lá em cima?

Quando começou o tempo?

Como surge o pensamento?

Como surgiu a vida? Existe vida depois da morte?

Essas são perguntas que o homem vem se fazendo há muito tempo. Algumas sabemos responder, outras não. Algumas têm mais de uma resposta, a diferença está no método usado para respondê-las.

Alguns métodos permitem conhecer o mundo que nos cerca, outros nos levam a ilusões sobre este mundo. Observe estes casos:
 
HORÓSCOPO:
 
“A Lua energiza seu signo apesar de estar em fase com saturno com o qual apresenta tensão. Você deve
aproveitar as vibrações de mercúrio que completa hoje seu ciclo.
Assim, curta hoje os seus amigos. Número de sorte 23.”
 
 
ESPELHO, ESPELHO MEU...
VOCÊ SABIA?
 
“Para vermos inteiramente nosso rosto num espelho plano é suficiente que ele tenha metade do tamanho
(altura) do rosto. Tente observar este fato.”
Os trechos escritos nos quadros acima poderiam ser encontrados num jornal  ou falados pela televisão. Freqüentemente encontramos frases que propõem, sugerem, ou mesmo ordenam que façamos, ou não façamos, certas coisas:
 
 
 “Não fume no elevador. Lei Municipal número tal”.
 
Essa afirmação tenta nos dizer que se fumarmos no elevador estaremos sujeitos às penas da tal lei. Voltemos aos quadros.
 
O primeiro nos diz algumas coisas a respeito da situação dos astros em que podemos, ou não, acreditar. Mais ainda, nos fala para “curtir” os nossos amigos, o que é bom, e, indiretamente, propõe que joguemos no número 23. Dentro do quadro encontramos palavras que parecem científicas: energizar, vibração, tensão, fase. O texto usa essa linguagem para tentar nos convencer de que tudo que foi escrito é verdade. Mas os horóscopos são produtos da Astrologia que não é uma ciência. Suas definições não são exatas e variam de astrólogo para astrólogo. Na verdade o que foi dito é a opinião de quem fez o horóscopo e o astrólogo pode, ou não, acertar as suas previsões.

No segundo quadro estamos no campo da ciência. Ele procura nos descrever um fato. Se uma pessoa, em qualquer lugar do mundo, seguir as instruções e se olhar num espelho que tenha, pelo menos, metade da altura do seu rosto, conseguirá ver o rosto por inteiro. Não estamos mais diante de uma opinião, mas sim de um fato, que pode ser verificado.

Devemos ouvir o que as pessoas têm a dizer, porém devemos ser capazes de julgar o que foi dito. Não é porque “saiu no jornal” ou “deu na tv” que é verdade!

Por outro lado, devemos ter cuidado, pois julgar não é discordar de tudo, o importante é fazer perguntas, é ter curiosidade e ir em busca dos fatos e suas explicações. A ciência e seus métodos podem nos ajudar a responder muitas perguntas, a tomar posições e a fazer julgamentos.
 
 
Uma questão de método

A ciência é uma forma de olhar o mundo, mas não é a única. Muitas pessoas imaginam que as perguntas religiosas estão completamente separadas das perguntas científicas, mas isso nem sempre é verdade. Por exemplo, Isaac Newton, quando criou o conceito de força, queria evidenciar a ação de Deus no mundo: suas perguntas eram religiosas e se confundiam com as científicas.

O método científico tem permitido à humanidade construir conhecimentos sobre o mundo, propiciando compreender e controlar a natureza em alguns aspectos.

O método científico busca uma verificação dos fenômenos por meio de observações e experiências (fatos), ou seja, busca na natureza a resposta para suas perguntas e a confirmação de suas hipóteses (opiniões baseadas em fatos).

Por exemplo, uma pergunta que vem sendo feita desde a Antigüidade se refere à queda dos corpos: um corpo pesado e um leve, soltos ao mesmo tempo e de uma mesma altura, chegam juntos ao chão?

Várias pessoas deram soluções para essa pergunta. Os gregos antigos achavam que o lugar natural das coisas pesadas era o solo, por isso caem, sendo que as de maior peso chegam primeiro. Assim como as coisas leves sobem para o céu, lugar natural do que é leve, como o fogo ou os gases quentes. Essa forma de olhar a queda dos corpos se manteve por muitos milênios, quase como uma afirmação sagrada, da qual não se podia duvidar, mas, por volta de 1500, cientistas criaram o método experimental, que é a base do método científico. Um fenômeno que ocorre em todos os lugares, como o reflexo de um rosto num espelho, é chamado de um fenômeno natural. Galileu Galilei, o primeiro a escrever sobre esse método, estudou o fenômeno da queda dos corpos fazendo observações e medições do fenômeno, ou seja, ele começou a observar como, quando e em que situação o fenômeno ocorria. Galileu deixou cair uma bala de canhão e uma de mosquete, cem vezes mais leve, do alto da Torre de Pisa, na Itália.
 
Isso permitiu a Galileu chegar à seguinte conclusão:

Dois corpos abandonados, ao mesmo tempo, de uma mesma altura, chegam juntos (simultaneamente) 


À primeira vista essa afirmação nos surpreende, porque raramente temos a oportunidade de ver uma formiga e um elefante caindo simultaneamente de uma mesma altura e verificar se eles chegam juntos ao chão! Então usemos o método científico, duvidemos dessa afirmativa!Vamos usar o método experimental para verificar se ela é correta! 
 
O método experimental

O que você vai fazer agora é uma experiência simples para observar a queda dos corpos na superfície da Terra e conhecer um pouco mais sobre o método experimental.

Pegue uma folha de papel do seu caderno. Segure a folha sobre a palma da mão esquerda e o caderno sobre a palma da direita, mantendo os dois à mesma altura do chão. Espere alguns instantes e solte-os ao mesmo tempo. Qual dos dois objetos cai mais rápido?
 
Você deve estar pensando que a resposta é óbvia: o caderno chega primeiro! Afinal ele é mais pesado. Pois bem, você tem razão, mas somente na primeira parte da sua resposta.

Realmente, nessas condições, o caderno cai mais rápido do que a folha de papel. Ou seja, apenas confirmamos o que já se esperava.
 
Façamos outra experiência.

Pegue duas folhas iguais de papel. Coloque cada uma na palma de cada mão. Espere alguns instantes e solte-as ao memo tempo. Qual dos dois objetos cai mais rápido?

Provavelmente uma das duas caiu mais rápido do que a outra. E se você repetir essa experiência diversas vezes, em várias tentativas, a da direita cairá primeiro e em outras a da esquerda cairá primeiro. Isso significa que essa experiência não é conclusiva. Não podemos afirmar, antes de fazer a experiência, qual folha cairá mais rápido.

Mas como podem dois corpos de mesmo peso não cairem juntos?

O que está atrapalhando?

Podemos fazer algumas hipóteses.

Talvez o ar esteja, de alguma forma, atrapalhando a descida das folhas e de maneira incontrolável, pois a cada descida as folhas percorrem caminhos diferentes, e chegam em instantes diferentes.

Podemos, e devemos testar essa hipótese:

Pegue duas folhas de papel, amasse uma completamente, até formar uma bola e segure-a com a mão direita; com a palma da mão esquerda, segure a outra folha sem amassá-la. Espere alguns instantes e solte-as. Faça novamente a pergunta: qual dos dois objetos cai mais rápido?

Nessa experiência podemos ver claramente que o ar interfere na queda dos corpos, pois a folha amassada cai rapidamente, e em linha reta, e a outra não.

Será possível diminuir a influência do ar sobre o movimento da folha de papel?

Pegue seu caderno novamente, sustentando-o sobre a palma da mão direita. E agora coloque a folha sobre o caderno. Espere alguns instantes e solte-os.

Qual dos dois objetos cai mais rápido?

Se você repondeu que os dois caem juntos, maravilha!
O que fizemos?

Nós controlamos a experiência. Impedimos que o ar atrapalhasse a queda da folha de papel e também pudemos ver que tanto a folha, quanto o caderno, caem juntos até o chão.

Com essa experiência foi possível compreender que:

Nem sempre, os fenômenos naturais são observados com facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criar condições adequadas, que possam ser controladas.
 
Essa foi a grande “sacada” de Galileu ao criar o método experimental. Nas  próximas aulas, voltaremos a estudar o movimento da queda dos corpos na superfície da Terra.

Demos um exemplo do método experimental, que é a base do método científico, utilizado pela ciência, incluindo a Física.

Mas, o que é mesmo Física?
 
O que é a Física?

Há cerca de 200 anos, não precisaríamos nos preocupar com essa pergunta. Os conhecimentos que estão incluídos no que hoje chamamos Física, Química, Astronomia (não confunda com Astrologia!), Engenharia etc. estavam todos dentro do que se chamava Filosofia Natural.

Mas as informações sobre as substâncias, sobre o movimento dos astros, a construção de máquinas — sobre a natureza e os artefatos construídos pelos homens — foram crescendo tanto, que foi necessário o estabelecimento de ciências diferentes.
 
Com Galileu Galilei, houve um grande avanço na ciência. Com a ajuda do método experimental, desenvolveram-se muitas técnicas que, cada vez mais, foram sendo aplicadas no dia-a-dia do homem.

A invenção da máquina a vapor, em 1769, por James Watt e, mais as descobertas de Ampère e outros com relação à eletricidade, fez com que surgissem pessoas interessadas também em o que fazer com esses conhecimentos.

Pessoas se preocupavam e se dedicavam a aplicar os conhecimentos da ciência e são agora os engenheiros, mais interessados na tecnologia, que abandonaram a Filosofia Natural.

Daquele conjunto de conhecimentos que era a Filosofia Natural restou o estudo da Mecânica, do Calor, da Eletricidade, do Eletromagnetismo, da Luz, etc, que recebeu o nome de Física.
 
A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo costuma-se dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a Mecânica, a Termodinâmica, e o Eletromagnetismo.

No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles: Física Atômica e Nuclear, Mecânica Quântica, Relatividade. Os novos conceitos introduzidos neste século provocaram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum também dividir a Física em Clássica (antes de 1900) e Moderna (após 1900). Alguns desses assuntos serão abordados ao longo do nosso curso.
 
 
Aplicações da Física

Desde tempos imemoriais homens e mulheres investigam os fenômenos da natureza para poderem viver melhor. Sua curiosidade os fez aprofundar em seus conhecimentos sobre os ciclos do dia e da noite, sobre as fases da Lua, as estações do ano; sobre como se desenvolvem plantas e animais, para melhorar a agricultura e as criações, e assim produzir mais alimentos; sobre como produzir e controlar o fogo, e inventar ferramentas que facilitam o trabalho.

A construção de casas, represas, pontes; a utilização da roda, de carros e dos diferentes tipos de máquinas, tudo isso foi sendo incorporado ao conhecimento da humanidade.

Nos últimos séculos, a ciência vem avançando muito rapidamente, assim como a tecnologia, que aplica os conhecimentos científicos a situações práticas.

Tornou-se possível fazer máquinas muito pesadas - os aviões - voarem, facilitando, depois, a construção de outras - as naves espaciais, que levaram o homem à Lua e que nos ajudam a desvendar os mistérios do universo.

Já se conhece muita coisa sobre o universo e as estrelas, mas as pesquisas ainda não se esgotaram. Sabemos que o Sol, a estrela mais próxima da Terra, é essencial para a existência da vida em nosso planeta.

Praticamente toda energia utilizada na Terra provém do Sol: ele nos fornece luz e calor, que são fundamentais para a manutenção da vida. E, hoje, existem equipamentos que permitem aproveitar mais e melhor essa energia.

Um ramo importante da Física é a Física Nuclear, que deu origem a reatores nucleares que produzem energia elétrica. Com os conhecimentos desse ramo da Física também foi possível construir bombas nucleares, que são as armas de destruição mais ameaçadoras, para a humanidade e para nosso planeta, já

construídas.

No entanto, graças a esse mesmo conjunto de conhecimentos, foram desenvolvidos equipamentos e técnicas para a Medicina que salvam muitas vidas, pois permitem saber como estão funcionando os órgãos no interior do corpo humano. Exemplo disso são as radiografias (chapas de raios X), as tomografias e as ultra-sonografias.

Os conhecimentos adquiridos no ramo da Física Atômica nos permitiram construir lâmpadas especiais que produzem o laser - um tipo de luz dotada de certas características que permitem fazer microcirurgias (como as realizadas nos olhos), abrir cortes e fechá-los em cirurgias diversas, dispensando, em algumas situações, o uso do bisturi. O laser tem também muitas aplicações na indústria, como em dispositivos para cortar metais, em aparelhos de som que fazem as chamadas “leituras digitais” e em outros equipamentos.
 
A invenção dos computadores também ocorreu em conseqüência da aplicação de conceitos da Física à Eletrônica e à Microeletrônica. A utilização de computadores vem revolucionando as indústrias com a automatização dos processos de produção, como, por exemplo, nas fábricas de automóveis, de tecidos e de alimentos. Também está presente em bancos e lojas: os cartões magnéticos de bancos e de crédito são usados como substitutos do dinheiro.

Nossa sociedade está aproveitando cada vez mais os avanços científicos e tecnológicos que possibilitam uma melhor qualidade de vida para um número cada vez maior de pessoas. O resultado desses avanços aparecem na maior quantidade e na melhor qualidade de alimentos, na melhoria da saúde, numa vida mais longa, na maior comunicação entre as pessoas (livros, jornais, rádio, televisão, informática), entre outras coisas.

Fonte: TELEAULA01 - Física TELECURSO 2000